'A profunda, furiosa e mais de quantas fraterna e humana alegria do vinho. Bebemo-lo em fulgor e em profundidade. O vinho liberta em nós os sentimentos invisíveis. Passa-nos de uma margem para a outra do oculto.'
Talvez a mim não. Mas ontem lembrei-me desta parte do conto "O Vinho" de As coisas da Alma (de João de Melo). A minha irmã fez-me notoriamente lembrar do Aparício, que 'bebe para chorar. Chora pelo mundo em geral. Não é necessariamente um mundo trágico ou cruel. São lágrimas sinceramente sentidas, eu sei.'
Surpreendentemente, houve também quem me fizesse lembrar do Fontes, 'quem mais excentricamente vibra com euforia do vinho [...] Do seu rosto vermelho emergem dois olhos loucos de fogo.'
2 comentários:
Tenho de ir ler esse livro para ver se essa primeira descrição tem mesmo a ver comigo... :) eu sei de alguém que ao ler o resto se vai identificar!
É o amor, que tudo faz e que tudo pode. E depois dói, para que constatemos o quão poderoso é.
Enviar um comentário